Recentemente, o Google anunciou uma atualização na política da Play Store que afeta as carteiras de criptomoedas. Essa mudança gerou um certo alvoroço entre os usuários, especialmente aqueles que usam carteiras de autocustódia, ou seja, que não dependem de intermediários para guardar suas criptos. Muita gente ficou preocupada se essas carteiras seriam deixadas de lado no Android.
A nova regra vai exigir que aplicativos de carteira digital com custódia — aqueles ligados a corretoras — apresentem licenças específicas para operar em seus respectivos países. Por exemplo, na União Europeia, será necessário ter a autorização MiCA; no Reino Unido, o registro FCA; e nos Estados Unidos, o FinCEN. Além disso, a França e a Alemanha terão normas transitórias para se adaptar a essa nova política.
Pois bem, o Google tentou acalmar os ânimos ao afirmar que as carteiras não custodiais estão fora das novas exigências. Isso significa que, se você usa uma carteira própria e não vinculada a uma corretora, não precisa se preocupar com as mudanças.
A partir do dia 29 de outubro, a empresa começará a aplicar essas novas regras para cada país. Essa informação foi divulgada no blog oficial do Google. A reação da comunidade cripto foi rápida, especialmente no X (antigo Twitter), onde muitos levantaram preocupações sobre como essas diretrizes poderiam impactar as carteiras autocustodiais que, em geral, não estão registradas nos órgãos reguladores.
Atualmente, o sistema Android tem uma presença marcante, rodando em mais de 70% dos celulares no mundo, segundo um relatório de 2025. Jacob Wittman, conselheiro da Plasma Foundation, comentou sobre o tema, desconsiderando as ansiedades em torno das novas regras, afirmando que na verdade “a proibição” da carteira no Google Play é quase insignificante. No entanto, ele reconheceu que essas mudanças mostram como as grandes empresas de tecnologia ainda detêm o controle sobre a distribuição de aplicativos.
Essa discussão sobre as regras da Play Store ilustra claramente as tensões entre regulamentação, inovação e o futuro das criptomoedas. A liberdade dos usuários de operar com suas próprias carteiras está em pauta, e todos ainda tentam entender como as mudanças podem influenciar o mercado de ativos digitais.
